Dois anos após acidente, Lais aprende a viver sobre rodas: "Consegui aceitar"
Ex-atleta se adapta a "mundo de rodas" e se torna inspiração para cadeirantes: "Meu objetivo é andar. Tem que ir no dia a dia e tentar não desistir. Tem que ir lutando"
Por Fernando Vidotto e Marcos Guerra*São Paulo
(Fotos: Marcos Ribolli)
“Hoje eu vejo o mundo de uma forma diferente de quando andava.” O mundo de Lais Souza está bem diferente há exatamente dois anos. Ex-ginasta olímpica e ex-esquiadora, ela não se pergunta mais: “por que comigo?” Não tenta achar respostas para o que chama de destino. Até se sente confortável para recordar o acidente em uma pista de esqui que a deixou tetraplégica, mas prefere olhar para frente, prefere vislumbrar um milagre da medicina que a permita mexer os braços e as pernas.
Lais sonha andar novamente, só que sua nova vida, seu “mundo de rodas”, não é feito apenas de fé, mas também da força de vontade de quem se arrisca - e sem pensar duas vezes - em um tratamento experimental com células-tronco, de quem encara a fisioterapia com a mesma garra de um treino, de quem valoriza a mais sutil evolução. Uma vida de resiliência e superação diária.
Dois anos após acidente, Lais virou símbolo da luta do tetraplégico (Foto: Marcos Ribolli)
- O que eu sonho hoje é que não estou na cadeira, que em algum momento a medicina vai evoluir, que minha saúde vai melhorar. Eu procuro ser positiva, porque já é difícil estar passando por essa situação e estar encarando isso. Então preciso encarar de forma positiva, me motivando. Meu objetivo é andar, agora a velocidade com que isso vai acontecer, não tenho como dizer. Tem que ir no dia a dia e tentar não desistir, porque sei que é um problema que vai ser lento para ser resolvido. Tem que ir indo e lutando. Vejo pessoas que estão na cadeira e não fazem nada para sair, não saem de casa, não tentam fazer diferente. Eu quero fazer diferente, quero voltar a andar, que seja mexer os braços. É o mínimo que espero - contou a ex-ginasta e esquiadora.
Dois anos depois do acidente, a luta diária de Lais Souza é cheia de brincadeiras, piadas e sorrisos, só desfeitos para dar lugar à expressão de esforço nos exercícios da fisioterapia. A tristeza por sua condição, de quem só consegue mexer a cabeça e os ombros, raramente dá as caras. Lais não deixa, é forte. Treina como uma atleta, mesmo que o estímulo seja passivo. Vai ao salão de beleza como qualquer jovem de vaidosa de 27 anos. Passeia com amigos como todo mundo. Trabalha dando palestras motivacionais, ainda que não chame isso de trabalho. Lais se adaptou ao “mundo de rodas”, à vida de cadeirante que o GloboEsporte.com mostra em parceria com o SporTV - assista ao terceiro e último episódio de série “Uma História de Superação Diária” nesta quarta-feira, no Tá na Área.
ACEITAR E INSPIRAR
Lais Souza continua tão vaidosa quanto nos tempos de ginástica, mas já não se olha tanto no espelho. É difícil se ver tetraplégica para uma pessoa que encantou o Brasil com suas piruetas e que quase nada conhecia sobre o universo dos cadeirantes. Pouco a pouco, a atleta foi aprendendo a viver nesta nova condição. Foi percebendo que, com a ajuda da mãe Odete Vieira e do cuidador Willian Campi, pode fazer praticamente tudo que fazia antes do acidente. Pode ter uma vida feliz. Em agosto de 2015, Lais deu um passo importante em sua reabilitação, se aceitou e registrou o momento nas redes sociais com uma frase comovente: “Manter a cabeça erguida e aceitar”.
Desde o acidente, Lais Souza se olha menos no espelho (Foto: Marcos Ribolli)
- Nesse dia, fiquei parada na frente do espelho e olhei o meu corpo, o meu resto e foi essa frase que quis escrever, que era um momento que estava aceitando o que eu tinha, o que eu sou hoje. O problema é aceitar a forma que foi. Eu não tive nada, nenhuma fratura, não quebrei um braço, não quebrei uma perna, nem uma costela, nada. Simplesmente quebrei o pescoço. Tentar entender isso e aceitar é o que é difícil. Foi o que passei no primeiro ano. Hoje já estou com uma cabeça diferente, encarando de uma maneira diferente o meu problema. Já estou de um jeito que consegui aceitar o meu problema. A ideia de pensar que eu poderia estar morta é muito pior do que eu estar na cadeira, porque poderia estar morta. Eu pelo menos estou aqui agora, estou próxima da minha família e tudo mais. Agora para a morte ninguém dá jeito - disse a ex-atleta.
Com essa postura de força, fé e determinação, Lais ganhou ainda mais fãs e assumiu uma posição de símbolo de superação. Se no âmbito fisiológico a evolução se limitou à sensibilidade de pés, barriga e costas - o que ela comemora muito -, no âmbito social Lais colecionou vitórias:foi ao Rock in Rio, foi a baladas, foi à praia, pegou carona em um carro da Stock Car e atésurfou em uma prancha adaptada. Ela se reintegrou à sociedade.
- A maior dificuldade hoje é que muita gente não sabe o que é ser cadeirante, como é encarar isso. O que eu queria era quebrar esse paradigma, mostrar que a pessoa que é cadeirante tem dificuldades, mas ela continua ali. São pessoas inteligentes. Acontece com qualquer um.
Em seus passeios, seja em Ribeirão Preto ou em São Paulo, Lais não raras vezes recebe o carinho de fãs, inclusive cadeirantes, que se inspiram nela. Nas redes sociais, o cenário é o mesmo. Ela, que usa o celular com uma espécie de caneta de contato presa à boca, nem consegue responder todas as pessoas que buscam informações sobre tratamentos, querendo seguir o mesmo caminho de reabilitação. Tatuado no braço um símbolo da luta do tetraplégico para voltar a andar, Lais se tornou porta-voz da causa.
Lais virou inspiração para cadeirantes (Fotos: Marcos Ribolli)
"SER COITADA? NÃO!"
Para quem não acompanha Lais Souza, seja no dia a dia ou nas redes sociais, parece até natural sentir pena dela, afinal, uma jovem atleta que rodopiava no ar, tanto na ginástica como no esqui, não pode fazer o que mais ama: voar. Só que ela não se coloca nessa posição de fragilidade, pelo contrário, se mostra forte, raramente chora por estar em uma cadeira de rodas.
- Ela não desanima, não bate tristeza nela. Eu não vejo a Lais chorar, mesmo nessa situação, porque ela é totalmente ativa. Vejo que ela é muito forte - disse Willian Campi, cuidador e amigo.
Lais Souza se diz uma menina de sorte por ter suporte em seu tratamento (Foto: Marcos Ribolli)
A ex-atleta olha para frente, pronta para encarar tratamentos e exercícios de fisioterapia, pronta para encarar a vida no que chama de “mundo de rodas”.
- Ninguém gosta de ser coitado. O coitado é ruim, é fraco, não é positivo. Eu sou o contrário disso, gosto de coisas que chocam, que são positivas, que é bom, não gosto de ser para baixo. Ser coitada? Não! Não acho que tem de pensar: “Ah, ela mereceu!” Não é assim. Aconteceu. Tem que viver a realidade, tem que viver o momento e a situação pela qual está passando. O coitado não é ninguém, por isso que eu não gosto.
Lais foge da alcunha de coitada e até se diz uma menina de sorte. Não à toa. Seu acidente causou tamanha comoção no Brasil, que ela conquistou uma série de privilégios que outros brasileiros tetraplégicos não têm. Por ter representado o país desde os 12 anos, a ex-ginasta recebe uma pensão especial e vitalícia do Governo Federal no valor do teto da Previdência Social (Reajustado para R$ 5.189,82 a partir deste mês). O Comitê Olímpico do Brasil (COB) e a Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) também a auxiliam financeiramente, além da Universidade Estácio de Sá, para quem a ex-esquiadora dá palestras. Ela conta com ajuda de uma empresa de roupa e da clínica Acreditando, onde faz o tratamento de fisioterapia.
Lais ainda recebe doações de anônimos e amigos famosos. O apresentador Luciano Huck a deu um carro adaptado, que usa no Brasil. Astro do Barcelona e da seleção brasileira, Neymar também dá uma ajuda importante para a ex-atleta. Lais se divide entre Ribeirão Preto, sua cidade natal, e São Paulo, onde faz fisioterapia e dá palestras. Quando está na capital paulista, ela se hospeda em um apart hotel bancado por Neymar. Apesar de todo o suporte, o tratamento de Lais é tão caro que ela ainda depende das doações na campanha “Eu Apoio a Lais”.
Neymar banca o apart hotel em que a amiga Lais mora em São Paulo (Foto: Marcio Iannacca)
VIDA DE ATLETA
Com seu esforço, faz jus a todo o suporte que recebe, seja o financeiro, seja o incentivo de fãs. Mesmo em dias que sua pressão está mais baixa - fato normal na sua condição -, ela não se deixa abater e vai à fisioterapia - sempre cantando e com som alto no carro para animar. São cinco sessões semanais de três horas cada uma. Uma rotina puxada, digna de um atleta, tanto que Lais e as fisioterapeutas da clínica chamam os exercícios de treino.
- Não mudou muito meu dia a dia, porque eu vou para o treino e faço algum tipo de trabalho, ou alguma tarefa. Meu dia a dia parece de quando era atleta. Hoje dedico três horas do meu dia à fisioterapia e parece que corri uma maratona. Eu fico bem cansada. Minha saúde é mais sensível. Basicamente eu fico de olho na minha saúde, vou ao treino e ao mesmo tempo tenho que trabalhar, porque vida de cadeirante não é barata.
Lais Souza se esforça nos treinos (Foto: Marcos Ribolli)
O treino é composto por terapias baseadas em atividades, que buscam promover a recuperação do movimento e da sensibilidade que ela perdeu através de exercícios intensos. Elásticos, cordas e principalmente os fisioterapeutas ajudam na movimentação de braços e pernas. Ela, inclusive, anda em uma esteira ergométrica. O estímulo é passivo, mas o resultado é um real trabalho aeróbico. A frequência cardíaca chega a aumentar de 45 batimentos por minutos para 90 - a frequência cardíaca de um tetraplégico costuma ser menor do que o de um adulto saudável.
Lais Souza anda em esteira, com a ajuda de profissionais de educação física e cabos
(Foto: Marcos Ribolli)
(Foto: Marcos Ribolli)
- É como se estivesse andando mesmo. As meninas sempre perguntam o que eu estou sentindo, como é que está meu batimento. Eu procuro reparar: sinto bastante meu pé bater no chão, sinto um pouco de pressão no meu quadril. Conforme elas vão mexendo minha perna, eu procuro movimentar o meu corpo, para ajudar e ver se alguma coisa entra em ação, se ativa. Para o cérebro, essa ligação de ficar tentando mostrar com o movimento do corpo que tem alguma coisa ali é muito boa. Você acaba mandando um sinal do corpo para o cérebro e vice-versa para que em algum momento os fiozinhos liguem lá de novo.
O trabalho de fisioterapia complementa o tratamento experimental com células-tronco. Lais já fez três aplicações e espera ser chamada pelo projeto de Miami ainda neste início de ano para mais uma bateria de exames e uma nova aplicação de células-tronco.
O MUNDO EM UM NOVO RITMO
Fora da fisio, a vida é mais tranquila, segue um ritual. Tomar café na cama, remédios, banho -quase sempre com música -, escovar os dentes, escolher uma roupa. E lá se vai a manhã inteira. Lais depende da mãe Odete e do cuidador Willian para fazer tudo, e as pequenas ações do dia a dia ganham um novo ritmo, uma cadência mais lenta como pede os cuidados com uma pessoa de saúde sensível como uma tetraplégica. Por exemplo, um bom banho, que durava quase uma hora, agora leva mais de duas horas.
- Eu sinto muita falta de tomar banho sozinha, eu mesma lavar meus cabelos, eu mesma escovar meus dentes. São pequenos detalhes que fazem toda a diferença. Hoje a gente já se acostumou. O Willian me dá banho, ele já sabe como eu quero escovar os dentes, como eu gosto, como gosto de deixar meu cabelo, roupa e tudo isso assim. Mas no começo foi bem chato, foi bem difícil adaptar e aprender, mas deu certo.
Lais saiu das casas dos pais ainda menina, com dez anos, para se dedicar à ginástica e, com isso, se tornou muito independente. Não foi fácil precisar de ajuda para as mais corriqueiras atividades. Hoje ela aceita sua condição, embora às vezes prefira assoprar ou usar os ombros para tirar uma mecha de cabelo. Não quer chamar a mãe ou o cuidador o tempo todo. Para quê incomodá-los de dois em dois segundos?
Lais Souza vai ao salão de beleza e mantém rotina como a de qualquer jovem de 27 anos (Fotos: Marcos Ribolli)
- Com certeza minha paciência mudou. Eu era muito independente. Morava sozinha, tinha meu carro, tinha meu dinheiro. Comprava o que eu queria na hora que queria. Hoje dependo das pessoas para me mexer, para tomar banho, para tudo mais. Por isso eu tive de acabar aprendendo a ter essa paciência a mais, a passar o que eu quero, a me expressar direito para que dê certo.
Mais paciente e serena, Lais fala manso. Às vezes nem precisa abrir a boca para o cuidador Willian ou a mãe Odete entenderem o que ela precisa, tamanha a cumplicidade entre eles. Os dois sabem o que ela quer comer - e agora que não é atleta, tem uma dieta sem regras, pode comer de tudo, embora o estômago sensível só aceite pequenas porções. Até a moda dela mudou. Como não consegue controlar a temperatura do corpo, Lais sente muito frio. Nada que um casaco aconchegante não dê jeito. Tudo se adapta para o “mundo de rodas”, mesmo o sono, que tem de ser interrompido de duas em duas horas para mudar a posição do corpo e, assim, evitar feridas.
Lais Souza muda estilo por sentir frio, mas mantém passeios com amigos, como Ingrid Messias (Foto: Marcos Ribolli)
ANJOS DA GUARDA
Para tudo o que a jovem precisa, dois anjos de guarda se revezam e a amparam. A mãe, Odete Vieira, largou o emprego em uma fábrica de sapatos para se entregar à filha. Ao contrário de Lais, Odete ainda se pergunta quase todos os dias: “Por que com a gente?” Às vezes ela chora, mas não na frente da filha. Precisa ser forte para Lais, mantém a esperança de vê-la andar novamente.
- Ver um filho seu a vida toda andando e de repente ele estar na cadeira de rodas é complicado, mas não é um bicho de sete cabeças. Estamos tentando nos adaptar, tentando nos acostumar. Tenho os meus momentos de tristeza sim, em que imagino que não vou dar conta. Não posso ficar pensando muito e viver o que está acontecendo hoje, amanhã é outro dia. Eu penso dessa forma para não enlouquecer, porque se vai pensar em todas as dificuldades, você cai em depressão, você enlouquece. A esperança é a última que morre, né? Eu tenho muita esperança de ver minha filha andando ainda. Ela não é uma pessoa enferma, não é doente, só está tetraplégica. Acho que uma hora dessas, as coisas vão voltar, e ela vai caminhar - disse Odete.
Positivas como são, mãe e filha até encontram um lado bom da situação em que estão: agora podem se conhecer melhor. Com a rotina de treinos e viagens para competições, Lais pouco parava em casa, em Ribeirão Preto. Agora as duas raramente se separam.
- Sempre nos demos muito bem. O bom disso tudo é que estamos muito juntas. Tenho mais tempo de conhecer minha filha, de dar carinho para ela. A mesma coisa para ela, de se adaptar à família, porque saiu de casa muito cedo e acostumou. Acho que era uma coisa que devia estar faltando e Deus disse: “Para, vocês precisam ficar mais juntas.” - destacou Odete.
Cuidador Willian Campi e a mãe Odete Vieira são os anjos da guarda de Lais Souza (Fotos: Marcos Ribolli)
Se a mãe não está por perto, pode ter certeza que um segundo anjo da guarda está: Willian Campi. Há 11 meses, o cuidador de 26 anos entrou na vida da ex-atleta, e a relação dos dois vai muito além do trabalho. Willian é o movimento de Lais, é conselheiro e confidente também.
- Virou um irmão, um amigo, um pai, virou tudo. Eu basicamente acho que ele me deu a minha vida de volta. Ele é jovem, ele me entende. Se eu estou com algum problema, se eu quero fazer alguma coisa, eu só o chamo, eu o olho, ele já sabe o que quero. Ele deu asas à Lais Souza, que está com aquele probleminha, e se Deus quiser vai passar logo. Ele me deu pernas, me deu braços. Às vezes eu dou uns ataques, e ele está lá, firme e forte - disse Lais.
AMIGO, ESTOU AQUI!
Com um anjo da guarda também jovem como Willian, Lais se sentiu mais livre para ganhar o mundo. O amigo-irmão a leva para passear e encontrar outros amigos, principalmente em restaurantes e cinemas, mas até para baladas os dois vão.
Lais Souza mantém esperança de voltar a andar (Foto: Marcos Ribolli)
- Não consegue dançar em uma balada, mas consegue ir e curtir de outra forma, vai ao teatro, vai ao cinema. Ela não vai ficar afastada por que está na cadeira. Ela é igual - disse Denise Lessio, fisioterapeuta e amiga de Lais, que acompanhou o início do tratamento, nos Estados Unidos.
Lais está sempre cercada por amigas como Ingrid Messias, Denise Lessio e Daiane dos Santos (Foto: Marcos Ribolli)
A vida social é como a de qualquer jovem de 27 anos, chegou a namorar depois do acidente, mas o relacionamento não seguiu em frente. A ex-atleta está sempre cercada por amigos, a maioria da época da ginástica, como Ingrid Messias, que hoje é atleta do salto com vara. As duas se visitam frequentemente. Daiane dos Santos não consegue se manter tão perto de Lais por causa de seu trabalho como comentarista do Time de Ouro da TV Globo, mas também está sempre em contato, nem que seja por mensagens no celular.
- A Lais é muito carinhosa, adora beijo e abraço. Ela gostava muito de abraçar antes, e eu não gostava. Agora ela me pede: “Me dá um abraço, Daiane”. É uma amizade bem alegre. Esse jeitinho Lais de ser não mudou. É carismática, piadista. Até mesmo com a sua condição ela faz piada. Às vezes até assusta: “Nossa, ela está brincando com isso? É um assunto tão sério.” Eu acho legal esse jeito, porque ajuda a deixar mais leve essa situação - contou Daiane.
Lais Souza é muito carinhosa com amigos (Foto: Marcos Ribolli)
O mesmo jeito alegre e positivo com as amigas é o que Lais tenta mostrar em suas palestras motivacionais. Ela não consegue estar sempre trabalhando, a prioridade é cuidar do corpo, mas encanta e inspira quando palestra.
Lais Souza trabalha com palestras motivacionais (Foto: Reprodução/Facebook)
- Eu normalmente quando vou pensar em uma palestra, ou em um bate-papo com alguém, fico pensando no que as pessoas querem ouvir de mim, no que é importante eu falar. São muitas coisas que eu junto e acabo fazendo de uma forma que eu possa me adaptar àquela situação, se é uma empresa ou uma escola. Eu nem chamo de trabalho. É saudável, é gostoso. É o que eu tento fazer para ajudar mesmo.
Ela pensa em voltar ao esporte, está para conhecer a bocha adaptada e também considera jogar pôquer, canoagem e mesmo esqui adaptado. A paixão de sua vida, a ginástica artística, ela continua acompanhando de perto e pretende estar na arquibancada dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro para transmitir aos amigos um pouco da força e da esperança que carrega em sua rotina de superação.
- Teve um tempo que eu falei que tinha como meta entrar andando nas Olimpíadas. É um sonho ainda distante, mas quem sabe até lá acontece.
* Colaboraram Erica Hideshima e Tiago Maranhão, do SporTV
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